Hatshepsut assumiu o poder e no começo de seu reinado não exigiu as regalias reservadas aos faraós, que eram governantes e sacerdotes da religião local. Aos poucos foi testando seu poder, para ver até onde iam os limites impostos pela sociedade egípcia às mulheres, pois almejava o posto de faraó. Hatshepsut, então declara publicamente ser filha do deus Amon-Rá, que se apresentara à sua mãe como Tutmés I. Nos templos de Deir el-Bahari e de Amon-Rá ela consolidou seu poder real através de sua paternidade espiritual diante das pessoas mais importantes do Egito, pois Amon-Rá lhe teria confiado o Egito pelo consentimento dos deuses, assim como seu pai carnal lhe teria escolhido herdeira do trono. Hatshepsut passa a governar o Egito, deixando de ser regente para transformar-se em faraó.
A princípio, os sacerdotes não estavam de acordo com a proclamação de Hatshepsut como faraó, mas logo aceitaram a ideia. Provavelmente, o teriam feito pelo temor ao deus Amon e devido às riquezas que recebiam da coroa. A rainha realizava muitas doações ao clero, o que alimentava suas mordomias. Além disso, eles acreditavam que as decisões dela satisfaziam ao deus venerado e, caso não fossem cumpridas, ele jogaria pragas no Egito e acabaria com as colheitas. O período de prosperidade e tranquilidade da época fortaleceu o pensamento de que a rainha decidia corretamente.
Nas paredes do templo funerário de Hatshepsut, em Deir el-Bahari, está representado o episódio que relata a concepção e nascimento da rainha-faraó.
![]() |
Capela vermelha de Hatchepsut em Karnak. |
Um comentário:
VEJA A HISTORIA DA PRIMEIRA MULHER ASSUMIR O POSTE DE FARAÓ
Postar um comentário